quarta-feira, 6 de junho de 2007

Eles usam óculos!!!

Nos anos oitenta, Herbert Vianna subia no palco se defendendo do artefato que vinha sempre acoplado ao seu rosto: “eu não nasci de óculos, eu não era assim”. Afinal, óculos sempre foi coisa de “nerd” e não de astros da música pop. No último sábado, os óculos invadiram o palco do Circo Voador. E ninguém se importou com isso.

Primeiro foi o show do Kassin + 2, aquele projeto de Kassin + Domenico + Moreno, agora liderado por Kassin. Sim, ele parece nerd, parece que ta envergonhando por estar ali no palco, com seu baixo, cantando pra tanta gente. Mas e daí? Kassin + 2 é muito bom!! E tem mais, por trás do óculos, Kassin tem um currículo invejável. Ele foi (é?) do Acabou La Tequila. E como produtor musical produziu discos do Arto Lindsay, Caetano e Jorge Mautner, Los Hermanos, Totonha e os Cabra, já fez trilha pra espetáculo da Débora Colker e por aí vai. E ele toca “game boy”...pois é!!

Depois foi a vez do Mombojó. Felipe S , de óculos, é bem desenvolto. Ele pula, ele dança, ele anima o público. E canta, claro!! Mombojó tá na boca do povo do circo.Foi bonito, foi bonito. Ele animando todos a entoar “saborosa sensação”. Do meu lado, um trio discutia se ele ainda tinha sotaque ou se já tinha perdido...ficavam tentando achar o sotaque recifense entre seus versos. E se não acharam foi porque não quiseram. Porque o sotaque não está só na voz de Felipe, está na sua forma de fazer música e no discurso da banda em dizer que “são a prova de que o Manguebeat não morreu”. Afirmação que prova que Manguebeat não é um ritmo, mas uma forma de fazer e pensar música (mas não só isso). Sotaque presente, e como, na atitude de disponibilizar seus discos na internet para serem baixados, licenciados pelo creative commons. Alguém duvida?
P.S.: A única coisa estranha foi que não teve bis. E a platéia se conformou com isso...

sábado, 2 de junho de 2007

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Contrariando o título do post anterior...

Peço paciência, mas explicarei o post anterior.Sempre há um novato em qualquer assunto, então...


O Cenário: Um festival de música independente.
Todos os anos, no mês de abril, desde 1992, acontece em Recife-Olinda, um festival de música independente, o Abril Pro Rock. Atualmente é o mais importante festival de música independente do Brasil e, em 2007, na sua 15ª edição, teve mini-versões no Rio e em São Paulo.


Os Personagens:
Paulo André, um importante produtor musical que, dentre outras coisas, organiza o Abril Pro Rock.
The Playboys, uma banda recifense que nunca conseguiu tocar no Abril Pro Rock.


A Cena: Olinda, Centro de Convivências,Edição de 2005 do Abril Pro Rock. Num quiosque que o festival aluga para comerciantes, está um amplificador, instrumentos musicais, alguns de brinquedo. Quando os portões abrem, "The Playboys" começam a tocar "Paulo André não me ouve", anunciando o Palco 3 do Abril Pro Rock. Foi, no mínimo, uma piada engraçada!


O desfecho: A brincadeira dos The Playboys renderam algumas reportagens nos jornais e uma notoriedade, pelo menos em Recife. Em 2007, eles tocaram no Abril Pro Rock, não mais no improvisado Palco 3.