terça-feira, 25 de novembro de 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008


"A lama, a parabólica e a rede" na Embaixada Pernambuco


A gente vai dar o ar da graça no dia 28/08, quinta-feira
entre os shows das bandas: Academia da Berlinda e Eddie 
Os shows acontecem a partir das 18h


E o endereço é: Rua Aprazível, 39 (no Solar de Santa).

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

LAMA PRA TODO LADO!!!!


Atenção, atenção, navegantes!! Em breve, "a lama, a parabólica e a rede" estará na Embaixada e no Circo. Mais notícias sobre a data aqui mesmo, "Na lama".

Em tempo, não tão breve assim, em 23 de setembro, defenderei minha tese "Mangue: a lama, a parabólica e a rede", a inspiradora desse blog. Quem quiser saber mais notícias, e-mail-me (rejane.calazans@gmail.com).

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Aquele vasto mundo lá fora

Então, já que a gente tava tão isolado de tudo, a tecnologia te dava essa sensação que a gente tava compartilhando alguma coisa com aquele vasto mundo lá fora.[1]

Essa fala de DJ Dolores poderia servir de resposta à provocação de Pedro Só quanto à efetividade da relação dos mangueboys com a tecnologia. A presença da tecnologia no ideário do Mangue não se resume, de forma alguma, a uma simples questão de ser efetivada na prática. Mais do que uma questão de ser ou não usuário de computador, de ter ou não propriamente uma relação com a tecnologia, a importância estava no aspecto de ícone assumido pela tecnologia no discurso dos idealizadores da Cena Mangue. Mais do que um instrumento de ordem prática, a tecnologia é um símbolo, como também foi colocado por DJ Dolores:

A tecnologia era um ícone tão importante que se você for ver direitinho nos discos dos meninos, nos primeiros discos, isso daí é super explícito. No disco do mundo livre tem desenhos de chips, eles colavam chips pelo corpo e tal. Embora Fred Zero Quatro seja até hoje um completo analfabeto tecnológico. Como símbolo era uma coisa muito importante. E o Chico Science & Nação Zumbi usou mpc no Da lama ao caos, que era o grande instrumento do hip hop, a guitarra do hip hop. Eu fiz a capa do disco do Chico Science & Nação Zumbi, eu fiz questão de usar um computador. Acho que era um 286. Então, se vocês forem ver, a resolução é uma merda. Se a gente fizesse com outra técnica ia ficar muito melhor. Mas era importante, pra gente, usar computador. Era importante pra gente gerar som e imagem que dissesse que a gente usou a tecnologia mais de ponta que a gente tinha naquele momento.[2]


[1] Entrevista com DJ Dolores – 09 de fevereiro de 2007 – Recife (por Rejane Calazans e Clarisse Vianna)

[2] Entrevista com DJ Dolores – 09 de fevereiro de 2007 – Recife (por Rejane Calazans e Clarisse Vianna)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Um plug com o mundo












O que essas imagens têm em comum? O primeiro CD do mundo livre s.a., lançado em 1994; o segundo CD de DJ Dolores, lançado em 2005 e o último CD da Nação Zumbi, lançado em 2007? Para mim, a primeira conexão que vejo é o plug, a referência ao plug. Na primeira com os teclados de telefone, na segunda com fios e plugs embolados saindo do coração e na terceira com fios e plugs também embolados e saindo daquela barriga.


Por essas imagens, fica claro que o plug é um símbolo importante na composição do ideário do Mangue. O plug estava presente também no figurino, como o jornalista Pedro Só anunciou, em 09 de julho de 1993, na primeira matéria sobre Mangue escrita em um jornal carioca:


“No figurino mangueboy não podem faltar o chapéu de palha e o colar do plug – explicado pelo slogan “plugue-se” e vendido para os fãs.” (“A poesia da miséria” – Jornal do Brasil)


O plug não estava só nos pescoços e nas capas dos CDs dos mangueboys, mas na vontade deles de conectarem Recife com o mundo e a crença de que uma das vias para essa conexão era a tecnologia. Sim, isso fica óbvio na imagem-símbolo do Mangue: uma parabólica enfiada na lama. Desde o início, o ideal era uma conexão do local com o mundo através da tecnologia, como DJ Dolores falou:


“E outra coisa que eu acho que acontece no Norte e no Nordeste e em qualquer outra área do mundo que é isolada economicamente, geograficamente, é uma puta sede de participar do resto do mundo. Pra gente que era moleque, então, a tecnologia representava isso daí, representava você tá incluído dentro do mundo, tá no resto do mundo”[1]


Quase 15 anos após ter apresentado a Cena Mangue aos jornais cariocas, Pedro Só lembrou, entre gargalhadas, que ao escrever sua matéria no Jornal do Brasil, duvidava da veracidade da ligação entre mangueboys e tecnologia:


“É aquela coisa, um caô bem jogado, um rótulo bem sacado, um nome bacana. Na verdade, eles contam que eles chamavam de Cena Mangue. Aí a mídia colocou o bit, por causa da música do mundo livre. E também porque dava dupla leitura do bit/beat. Na época, o Chico Science nunca tinha pegado em um computador, em 93. Negócio de bit não era com ele.”[2]


A música a qual Pedro Só se referiu é manguebit, do mundo livre s.a.:

...continua...


[1] Entrevista com DJ Dolores – 09 de fevereiro de 2007 – Recife (por Rejane Calazans e Clarisse Vianna)

[2] Entrevista com Pedro Só – 02 de fevereiro de 2007 – Rio de Janeiro (por Rejane Calazans e Clarisse Vianna)

domingo, 13 de julho de 2008

Quem diria!

Pois é, quem diria! Esse blog nasceu para ser um acompanhamento da minha tese. Mas eu não sabia, nem sequer suspeitava, o quanto uma tese pode ser egoísta. Ela não quer me dividir com nada nem ninguém. Nem mesmo com o blog, que é filho dela.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Hermético, eu?



Cucaracha Zine:
Você considera suas letras como letras de um conteúdo hermético ou você acha que elas são passivas de pleno entendimento da maioria?

Fred Zero Quatro: Hermético é o Tchan! Eu não consigo entender nada que os caras cantam (risos)!!

In:http://www.cucaracha.com.br/entrevistas/20000515ZeroQuatro001.html